Recebemos um contributo da professora Célia Baptista para a secção "Livros da minha vida". E tu, por que razão não colaboras também?
O livro da minha vida... É-me impossível falar do livro da minha vida, eles foram tantos e tão diferentes. Como diferentes foram os meus eus. Os livros têm estado sempre presentes, nos momentos de lazer e principalmente nos momentos mais difíceis, onde permitem que eu fuja para outras vidas, as das personagens do livro, e esqueça, por momentos, a minha. E quando o livro me envolve de tal maneira que o leio devagarinho para que não o tenha de acabar? E os dias a seguir ao termo de um livro em que sinto o vazio deixado pelo abandono daquelas personagens, como se de um luto se tratasse? E as viagens que fiz através dos livros? E as pessoas que conheci? A leitura de um livro são momentos únicos de entrega e cumplicidade. Consegui esolher um livro que não sendo o livro da minha vida é guardado com muito carinho. Chama-se As Rosas de Atacama e foi escrito pelo Luís Sepulveda. E um livro de pequenos contos mas muito grande em sentimentos. Cada capítulo é um conto sobre uma pessoa simples, daquelas que não fazem história, mas que nos enriquecem pela sua dignidade. Sepúlveda é um contador de histórias, de sentimentos e de valores e este livro leva-nos a olhar para o outro, com olhos de quem quer descobrir.Um hino à vida e à diferença!
Célia Baptista
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