papa-livros

Bem-vindos!
"papa-livros", título proposto pelos alunos do 9º ano (2007/08), é o "blogue" da BE/CRE da Escola Secundária de Sampaio.
Está aberto à participação de todos (alunos, professores, funcionários e pais/encarregados de educação).
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segunda-feira, 26 de abril de 2010

Pensar o mundo (2)

Sebastião Salgado


Mote
“A mesma esquizofrénica humanidade capaz de enviar instrumentos a um planeta para estudar a composição das suas rochas, assiste indiferente à morte de milhões de pessoas pela fome. Chega-se mais facilmente a Marte do que ao nosso próprio semelhante.”
José Saramago

Volta
O Homem é um ser inquestionavelmente curioso e, ao mesmo tempo, temeroso. Ao longo de toda a história da Humanidade, tem-se assistido a um crescente interesse pelo que nos rodeia e um bom exemplo disso são os primeiros filósofos gregos que, há tantos séculos, já procuravam descobrir como se havia formado a Terra e a vida. Recentemente, com os inúmeros avanços tecnológicos e progressos científicos, o Homem “alargou” a sua curiosidade a todo o Universo, obtendo respostas e descobrindo factos absolutamente fascinantes – por exemplo, como se forma um buraco negro.
É do facto de se obter demasiado conhecimento que, por vezes, surge o medo e receio. Medo da potência de uma bomba atómica, receio da existência de seres superiores a nós. Creio que é essa uma das boas razões para o desenvolvimento da tecnologia espacial, investindo milhões de euros e milhões de dólares. Outra delas é, possivelmente e como já referi anteriormente, a inata curiosidade do ser humano – estudar a composição das rochas de Marte é, sem dúvida, muitíssimo prioritário e essencial, gaste-se o necessário.
Ora, para se gastar o necessário, é preciso fazer sacrifícios. Entenda-se, portanto, como “sacrifícios” os milhões de pessoas que morrem de fome e que, comparativamente com o espaço, se encontram logo ao virar da esquina. Tal como José Saramago, considero isso incrível. Como é possível gastar-se milhares de euros, dólares, somas astronómicas para se descobrir dois ou três mineraizinhos quando se poderia salvar um enorme número de vidas?
Sara Figueira, 12º D

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