papa-livros

Bem-vindos!
"papa-livros", título proposto pelos alunos do 9º ano (2007/08), é o "blogue" da BE/CRE da Escola Secundária de Sampaio.
Está aberto à participação de todos (alunos, professores, funcionários e pais/encarregados de educação).
Se quiseres participar, envia o teu texto/imagens para papalivros0@gmail.com

terça-feira, 17 de junho de 2008

"A força das palavras"

Promovido pela Associação Cultural Ecos d'Art, Câmara Municipal de Sesimbra e Montepio, o concurso "A força das palavras" envolveu alunos e professores das escolas do concelho e, apurados os vencedores, em cada escalão, terá lugar, no dia 21 de Junho, no Cine-Teatro Municipal João Mota, a cerimónia de entrega dos prémios.

Na nossa escola, foram premiados os seguintes alunos:
Escalão B - Rafael Sacadura (8º B) e Patrícia Alexandra Alves Nogueira (10º H);
Escalão C - Diana Marques de Sousa (12º A).

Os alunos Inês Costa Marques (7º B), Helena Pedrosa Albuquerque e Rui Cândido (10º D) receberam menções honrosas.

Para o ano, parece que há mais! Participa!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

"Goooloooo!!!!(????)" (Crónicas futebolísticas do 9º C)


O futebol no futuro (1)
Eu gosto de ver futebol, principalmente no estádio. Não sou viciada nem de perto, mas gosto de ver um bom jogo do Benfica, no estádio cheio de adrenalina.
O futebol continua a ser o desporto que, em todo o mundo, move mais pessoas, e, dos mais novos aos mais velhos, sente-se a febre do futebol bem viva! A maioria dos adeptos é do sexo masculino, mas já há muitas mulheres, embora em número inferior, que assistem aos jogos de futebol.
Acho que o futebol vai ser uma paixão eterna e por mais que os clubes percam e sejam corruptos, o amor das pessoas pelo seu clube nunca morrerá e será sempre assim!
As "claques", para mim, são um dos maiores erros cometidos no mundo do futebol. Chega a haver violência entre "claques" do mesmo clube! É claro que estas dão imensa força às suas equipas, mas antigamente não havia e o apoio dos adeptos era enorme, maior até do que o de hoje.
Na minha opinião, o futebol devia ser jogado pelo amor à camisola como antigamente quando era uma das profissões mais mal-pagas e não pelo amor ao dinheiro como hoje.
Marisa Diogo, nº 13
O futebol no futuro (2)
Hoje, o futebol é o desporto do futuro, move milhões de pessoas, fá-las gritar, saltar e, por vezes, chorar. Todos vibram com o futebol!
Eu não gosto nada de futebol. A meu ver, é um desporto ridículo, ainda mais porque, como se sabe, se compram árbitros, jogadores e até resultados! Hoje, o "fair-play" e a competição saudável são valores esquecidos. Para mim, o futebol não é mais um desporto, mas um negócio com muitos interesses escondidos por detrás de tantos sorrisos e informalidade.
No futuro, o futebol continuará assim corrupto! Até as pessoas perceberem ao extremo a que chegou e aí, sim, o futebol passará de moda porque hoje é tudo uma moda.
Assim, concluo que a corrupção no futebol continuará até as pessoas se cansarem de alimentar essa situação, pois muitas pessoas têm conhecimento de tudo, mas, por comodismo, não actuam.
Rita Cruz, nº 16

"Diário de bordo" (textos de alunos do 9º C)

Eis alguns dos textos escritos pelos alunos do 9º C a propósito do estudo do texto diarístico e tendo, como ponto de partida, o conto "Hans" (Histórias da Terra e do Mar) de Sophia de Mello Breyner Andresen:

Águas do Sul, 12 de Agosto
Desculpa já não te escrever há algum tempo, mas é que têm acontecido tantas coisas ao mesmo tempo. Hoje estou num grande dilema e, por isso, escrevo-te, preciso da tua ajuda, ou apenas de desabafar!
Na semana passada, houve um temporal grande, frio e mortífero. Ninguém o previa, mas aconteceu, e, com ele, trouxe demasiadas desgraças para estes marinheiros cuja moral anda muito por baixo.
Começou ao fim da tarde, com chuva apenas, mas depois, passados alguns minutos, já ninguém a conseguia deter. As ondas ficaram maiores que montanhas, cada vez entrava mais água no barco.
Todos nós lutámos contra aquele pesadelo, com todas as nossas forças, mas, infelizmente, isso não foi suficiente. O capitão, enquanto tentava virar o barco, foi empurrado pelo vento e caíu à agua gelada. Ainda o tentámos socorrer, mas já era tarde de mais. A tempestade fora implacável.
Nunca tinha visto a tripulação tão desgostosa e infeliz! Assim, decidimos que na manhã seguinte iríamos aportar. Hoje embarcámos outra vez, mas subitamente um tripulante fez uma pergunta: "quem será o novo capitão?". Ainda ninguém tinha pensado nisso. Fez-se silêncio até que alguém disse que deveria ser eu!
E é por isso que estou assim, confuso e desorientado. É verdade que sempre foi o que quis ser, mas acho que ainda não estou à altura de tal posto, e, depois, se faço alguma coisa de errado?
Bem, acho que vou pensar mais um pouco sobre o assunto, mas devo aceitar. Obrigado, companheiro, até uma próxima!
Teu fiel amigo,
Hans
Rita Cruz, nº 16


10 de Março de 1890


Olá, amigo,

este é o primeiro dia em que te escrevo, pois eu preciso de falar com alguém. Fugi de casa por minha vontade para poder ser capitão de um navio e descobrir todas as maravilhas do oceano. Fiz tudo contra a vontade dos meus pais e, na altura, pareceu-me que estava a fazer o que era correcto, mas, agora, a verdade é que sinto falta deles, falta de Vig e falta de todas as pessoas a quem eu pude um dia chamar amigas.

Não sei ao certo se estou arrependido ou não pelo que fiz. Há dias em que tudo o que vejo, faço e aprendo no mar valeu a pena. Mas há outros em que estou tão sozinho nesta ilha flutuante que parece que o melhor teria sido ficar em casa. Sempre que penso nos meus pais, dá-me vontade de chorar... Gostava muito de os poder ver, saber como estão e, principalmente, o que pensam de mim neste momento.

Quando chegar a terra, vou tentar contactá-los, tenho muitas saudades deles. Espero um dia voltar a encontrar conforto junto deles e voltar a sentir a brisa que corre em Vig. Vou ter de ir embora. Espero voltar a falar contigo em breve. Durante este pouco tempo, foste um grande amigo.

Mariana, nº 12

Querido amigo,

Sinceramente já não consigo exprimir o que sinto , nestes últimos já se passou tanto, foram tantos sentimentos, emoções que nunca esperei viver, coisas que não esperava ver, os sons dos mares que nunca esperei ouvir, tanto, imenso!...

Tenho saudades daqueles que amo! Mas eu tinha de fazê-lo. Tinha mesmo, era o meu sonho.

Agora, aqui sentado no barco, relembro estes últimos dias, os mares por onde naveguei, os que espero ainda navegar... as paisagens encantadoras que já vi... as tempestades horríveis que enfrentei, enfim...

Ouvindo o barulho do mar, calmo e sereno, pergunto a mim mesmo "será que um dia poderei olhar para os olhos do meu pai e ouvir a frase mais desejada?" que é "Estás perdoado, meu filho". Será que, antes de morrer, poderei ouvi-lo?

A verdade é que me sinto só...

Não sei quando voltarei a escrever-te, diário, pois estou a prever tempestades.

Agora, vou deitar-me e sonhar. sonhar com a família que, um dia, poderei vir a ter...

Jessica dos Santos Sousa, nº 9

"Diário de Hans"

Caro amigo,

parece que aqui me encontro, neste mar que é a minha paixão e a desilusão de muitos. Hoje, tanto eu como a tripulação tivemos um dia agitado. O mar estava agitadíssimo, quebravam ondas no convés e trabalhar era impossível.

Eu, sentado na casa do leme, a perder o controlo, ordenei que todo o trabalho fosse interrompido devido à vasta fúria do mar incontrolável.

Como é incrível, e já de esperar, os homens discordaram e, com tanto trabalho a fazer, decidiram continuar. São incansáveis! Uma queda ali, outra acolá, mas nada que eu imaginasse parecido com o que sucedeu.

Uma onda enorme surge, ai!, só de me lembrar, arrepio-me. Tinha um tamanho interminável e, ao quebrar, cobriu-me todo o barco. Ali, quente e bem sentado, apercebi-me do perigo e fui socorrer os homens. Todos se levantaram, era apenas mais uma queda...Mas não! Faltava alguém e não havia meio de ser encontrado.

Gritos esbaforidos e atrapalhados fizeram-me perceber que tinha ido homem ao mar. Eu e a tripulação, com muito esforço, devido ao mar indomável, retirámo-lo do mar e então tudo ficou bem.

Enfim, vida de mar! Mais um dia, mais uma batalha! Assim me despeço de ti...

Beatriz Marquês, nº 2

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Sétima arte


"O grande peixe" de Tim Burton
Este filme abrange a temática da fantasia presente nas fantásticas histórias de Edward Bloom.
Quando era jovem, Bloom, decidido a realizar uma volta ao mundo, saiu da sua terra natal, no Alabama.
Habituado a ser o menino prodígio da sua vila, ao deparar-se com a realidade citadina, vê que a vida não é como ele a idealizava, pois, na cidade, ele não passava de uma pessoa comum.
Anos mais tarde, Edward tornou-se num grande contador de histórias, histórias sobre a sua vida, que encantavam todos os que as ouviam, excepto o seu filho William (Will).
A relação entre os dois não era muito fácil, pois Will queria saber como tinha sido na verdade a vida do seu pai sem toda a fantasia que ele criava.
Os cenários deste filme são muito bons e adequam-se na perfeição às cenas representadas.
Em geral, todos os actores são muito bons, mas a minha favorita é a Bruxa do Olho de Vidro, porque tem um lado obscuro e imaginário que cativa a atenção dos espectadores.
Na minha opinião, a cena mais comovente do filme é aquela em que Will conta a história do funeral ao seu pai, no qual estão presentes todas as personagens das suas histórias com um único objectivo: honrar um homem que marcara as suas vidas. No final dessa história, Will leva o seu pai, ao colo, para a água e Ed transforma-se no que sempre fora, um peixe. Depois de ouvir a história, Bloom morre feliz por o seu filho lhe ter oferecido um final de vida tão bonito.
Recomendo este filme a todas as pessoas, mas em especial às que gostam muito de sonhar e dar asas à imaginação.
Ricardo Francisco (10º G)

"O livro das interditas criaturas" (10º D)




"Froguigle"
Grande e impetuoso, Froguigle protegia o monte Ural das perigosas águias negras como se fosse seu. Tinha um corpo verde que se confundia com a copa das árvores do monte Ural. As suas asas eram grandes, cheias de cores e feitios. em tempos, fora um simples sapo que vivia no pequeno charco da águia real. Mas a vida muda, não é' E agora protege o território dos montes Urais.

Quando vivia no charco, os seus dias eram banais, sempre iguais, mas, apesar de tudo, diferentes dos dos restantes sapos que não tinham o privilégio de pertencer ao reino. Mas a águia Flykid, esfomeada, com o castigo que a águia real lhe tinha aplicado, esqueceu-se do poder dos sapos e comeu o sapo do reino. O seu poder venenoso dominou a águia e o seu corpo foi ficando esverdeado. Tornou-se assim em Froguigle, o "sapáguia" que, com a sua língua, dantes devoradora de moscas, defendia a cidade, transformando em meros sapos as águias negras que azucrinavam a águia real.
Helena Pedrosa Albuquerque


"O terrível terronstro"
Tido como temível nas redondezas, o terrível "terronstro" tinha fama de conquistar todos os que ousassem penetrar no seu território à noite.
Meio peixe, meio ave, o bicho era gigante, desengonçado e musculado, e, segundo uns poucos aventureiros que juravam tê-lo avistado, a sua cabeça era uma boca desdentada, o canal mortal, como lhe chamavam.
A criatura habitava um lago, calmo e verdejante de dia, que se tranformava num pântano lamacento e tenebroso de noite. Os habitantes das redondezas, conhecedores dos perigos, organizavam excursões ao lago, onde abandonavam os indesejados para que o "terronstro" lhes ditasse o futuro.
Mariana Amorim