papa-livros

Bem-vindos!
"papa-livros", título proposto pelos alunos do 9º ano (2007/08), é o "blogue" da BE/CRE da Escola Secundária de Sampaio.
Está aberto à participação de todos (alunos, professores, funcionários e pais/encarregados de educação).
Se quiseres participar, envia o teu texto/imagens para papalivros0@gmail.com

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Ser ou parecer? (1)


Consideremos um momento inicial, um começo. Centremo-nos na primeira visão de algo... Na primeira visão que temos de alguém.
Os nossos olhos são muito rápidos a ver, o nosso cérebro muito rápido a assimilar. Há demasiadas acções involuntárias que temos já completamente entranhadas em nós e pouco ou nada conseguimos mudar. Olhamos as pessoas e captamos a sua imagem. Automático. Mas são reproduções toscas, desenhos infantis...
Na minha opinião, o erro é actuarmos como se essas impressões, essas cópias superficiais correspondessem realmente ao que lá, no fundo, todos gostaríamos de fazer: um raio-x psicológico.
Não dá. Assim, expressamo-nos através do exterior, procuramos projectar o nosso ser no máximo de planos e de sentidos possíveis: o perfume para o olfacto, a imagem para a visão, as palavras para a audição, os olhares para a empatia.
No entando, nada é assim tão simples. Mesmo excluindo as diferenças de poder entre uns e outros, há uma questão importante à superfície: como transmitir aos outros algo que não compreendemos? Como dizer a alguém que não sabemos quem somos?
A sociedade criou uma hipótese, a sociedade aderiu, chama-se moda. E é imensamente simples.
Baseia-se em conjuntos de ideias estipuladas por aqueles que as podem espalhar, pelos que sabem minimamente quem são. Esses enchem o mundo com reproduções de si próprios; um mundo que se vai asfixiando continuamente através de uma nuvem de pessoas diferentes com projecções iguais. Um mundo que vai enlouquecendo o seu sistema com imagens que nos gritam "Erro!" e que continuamos a ignorar.
Assim, impomos o reino das aparências: "tudo está bem quando parece estar bem" e assim nos poupamos ao esforço de compreender o que não é objectivo.
"So, hello Barbies, hello Kens." "Life in plastic, it's fantastic!"
Flávia Pinto, 10º C, nº 12

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