papa-livros

Bem-vindos!
"papa-livros", título proposto pelos alunos do 9º ano (2007/08), é o "blogue" da BE/CRE da Escola Secundária de Sampaio.
Está aberto à participação de todos (alunos, professores, funcionários e pais/encarregados de educação).
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sexta-feira, 7 de maio de 2010

Pensar o mundo (4)

Sebastião Salgado

Mote

“A mesma esquizofrénica humanidade capaz de enviar instrumentos a um planeta para estudar a composição das suas rochas, assiste indiferente à morte de milhões de pessoas pela fome. Chega-se mais facilmente a Marte do que ao nosso próprio semelhante.”
José Saramago
Volta
"O Homem é um ser bastante complexo, dotado de inteligência, capacidade de evolução, de cometer a melhor das acções assim como a mais vil.
Ao longo dos anos, a Humanidade tem assistido a um forte processo evolutivo, em especial no campo tecnológico e científico. Criaram-se telemóveis, portáteis...
Desde muito cedo que o homem sonhava com o que haveria para além do céu, seria infinito? Encontrar-se-ia Deus? A única maneira de obter as respostas seria ir mais além, enviar pessoas para o espaço. Graças ao foguetão, o homem pôde, por fim, ver o que o espaço reservava, mas mesmo assim não era suficiente.
Muitos anos de estudo e biliões de dólares foram gastos  até que se conseguisse construir máquinas que pudessem estudar outros planetas, a composição das suas rochas, se eram ou não habitáveis; porém, parece que nos esquecemos do que realmente importa: o nosso planeta, nós.
Podemos ter evoluído tecnologicamente, mas como pessoas não. Não consigo entender como é possível que se gaste tanto dinheiro com coisas superfluas, máquinas para estudar outros planetas quando o nosso se encontra num estado tão degradado.
Todos os dias ocorrem tragédias, quer sejam pela mão da Natureza, quer pela mão do ser humano, ora são sismos e cheias, ora são assaltos e sequestros à mão armada.
Concordo plenamente com a vontade de conhecer o desconhecido e estudar outros planetas, de se criar e inventar máquinas que facilitem o conhecimento do universo. Porém, só devíamos fazê-lo depois de resolvermos todos os problemas que temos por cá. Com os biliões gastos na investigação espacial, poderíamos salvar milhões de crianças que diariamente passam fome ou vivem nas ruas em condições completamente desumanas.
O Homem parece ter-se esquecido das necessidades básicas do nosso semelhante, de ajudar o próximo, de cumprimentar as pessoas que passam por nós, elogiar alguém. Temos de aprender a sorrir, a amar e a ser amado, resolver primeiro os problemas do nosso mundo e de nós próprios e só depois partirmos para outros planetas, outras galáxias."
Ricardo Francisco, 12º D

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